sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Daqui a pouco sei que passa...


Há momentos em que a gente tem que descer do palco... Não há melhor lugar do que os bastidores, o "por de trás das cortinas"... O que quero dizer bem claramente é que depois de uma certa reflexão (de uns dias pra cá), decidi me recolher num casulo...

Não me perguntem sobre os porquês disso. Por mais motivos que eu tenha para fazer tal reclusão, talvez o melhor argumento que eu possa lhes apresentar é que eu estou precisando disso, há algo em mim que me pede esse recolhimento.

Um misto de sentimentos frustrados, de uma vontade de revigoração, de uma busca (acima do normal) por mudanças (internas, externas...), de uma carga extra e super pesada de trabalho que estou me responsabilizando no momento... Enfim, continuarei na busca de meus objetivos (alguns eu já mencionei aqui anteriormente), mas "na minha".

Não quero saber de emails, nem de msn, nem de celular, nem de visitas, nem de passeios ou baladas. Não quero saber o que está passando no cinema e nem quando será a próxima festa mais incrível que irá acontecer. Não quero ver pessoas, não quero sair com amigos. Não quero ver gente nova e nem conhecê-las. Não quero saber das "últimas" novidades e nem das antigas. Não quero, não tô afim. Por mais que pareça triste e sombria essa idéia, na verdade ela não é. Preciso de concentração para mudar a mim mesmo e ao meu cotidiano. Talvez a única fresta, que restará, será essa aqui - em que geralmente eu mais "falo" do que "escuto". Bem ou mal, aqui é a minha válvula de escape...rs.

Termino o post de hoje, colocando uma das minhas músicas favoritas.

"No dia em que fui mais feliz
Eu vi um avião
Se espelhar no seu olhar até sumir
De lá pra cá não sei
Caminho ao longo do canal
Faço longas cartas pra ninguém
E o inverno no Leblon é quase glacial

Há algo que jamais se esclareceu
Onde foi exatamente que larguei
Naquele dia mesmo
O leão que sempre cavalguei

Lá mesmo esqueci que o destino
Sempre me quis só
No deserto sem saudade, sem remorso só
Sem amarras, barco embriagado ao mar
Não sei o que em mim
Só quer me lembrar
Que um dia o céu reuniu-se à terra um instante por nós dois
Pouco antes de o ocidente se assombrar"

(Inverno - Composição: Adriana Calcanhoto/Antonio Cícero)

Um beijo!






4 comentários:

Rui Caetano disse...

Mas quando descemos do palco, temos a consciência que somos nós mesmo, que não somos figuras fictícias nem fruto da nossa imaginação.

R Lima disse...

Estado de reclusão só ajuda se fizer disso uma fortaleza e construir degraus para a sua volta.. duradoura volta.

Isolar-se por mais tempo do que é necessário é perder os bons da vida.

Se cuida moça.. e precisando.. aqui estou.


"Não sei se é moderno ou careta querer um amor tão eterno.. só com você.."

(Fernanda Porto)

Bjs,




Texto de hoje: tUdo oU nAda...

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O AveSSo dA ViDa - um blog onde os relatos são fictícios e, por vezes, bem reais...

Lalo Oliveira disse...

Sem clichês, nenhum homem pode ser uma ilha, meu bem!

Reclusão é interessante quando feita com intenção de tempo, não de integridade (embora vc n tenha dito que seja integralmente).

Boa sorte, mesmo assim.

Beijos! =**

Thalita Lucas disse...

As vezes é necessario um tempo para reflexão, precisamos parar com tudo para ter um tempo conosco mesmo, só quem ja sentiu na pele pode entender.
LIndo o blog.