sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Daqui a pouco sei que passa...


Há momentos em que a gente tem que descer do palco... Não há melhor lugar do que os bastidores, o "por de trás das cortinas"... O que quero dizer bem claramente é que depois de uma certa reflexão (de uns dias pra cá), decidi me recolher num casulo...

Não me perguntem sobre os porquês disso. Por mais motivos que eu tenha para fazer tal reclusão, talvez o melhor argumento que eu possa lhes apresentar é que eu estou precisando disso, há algo em mim que me pede esse recolhimento.

Um misto de sentimentos frustrados, de uma vontade de revigoração, de uma busca (acima do normal) por mudanças (internas, externas...), de uma carga extra e super pesada de trabalho que estou me responsabilizando no momento... Enfim, continuarei na busca de meus objetivos (alguns eu já mencionei aqui anteriormente), mas "na minha".

Não quero saber de emails, nem de msn, nem de celular, nem de visitas, nem de passeios ou baladas. Não quero saber o que está passando no cinema e nem quando será a próxima festa mais incrível que irá acontecer. Não quero ver pessoas, não quero sair com amigos. Não quero ver gente nova e nem conhecê-las. Não quero saber das "últimas" novidades e nem das antigas. Não quero, não tô afim. Por mais que pareça triste e sombria essa idéia, na verdade ela não é. Preciso de concentração para mudar a mim mesmo e ao meu cotidiano. Talvez a única fresta, que restará, será essa aqui - em que geralmente eu mais "falo" do que "escuto". Bem ou mal, aqui é a minha válvula de escape...rs.

Termino o post de hoje, colocando uma das minhas músicas favoritas.

"No dia em que fui mais feliz
Eu vi um avião
Se espelhar no seu olhar até sumir
De lá pra cá não sei
Caminho ao longo do canal
Faço longas cartas pra ninguém
E o inverno no Leblon é quase glacial

Há algo que jamais se esclareceu
Onde foi exatamente que larguei
Naquele dia mesmo
O leão que sempre cavalguei

Lá mesmo esqueci que o destino
Sempre me quis só
No deserto sem saudade, sem remorso só
Sem amarras, barco embriagado ao mar
Não sei o que em mim
Só quer me lembrar
Que um dia o céu reuniu-se à terra um instante por nós dois
Pouco antes de o ocidente se assombrar"

(Inverno - Composição: Adriana Calcanhoto/Antonio Cícero)

Um beijo!






quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Auto Exame


Recebi esse email da minha amiga Priscila (da Fiocruz - ôooo, saudades de lá) e achei a idéia muito boa!
É uma forma bem humorada de alertar às amigas sobre a importância do auto exame das mamas. Eu mesma já me beneficiei disso e sei como é importante.



"Querida Amiga!

||| Acesse o Site |||


Conforme combinado, escrevo para que você não esqueça de realizar o auto exame este mês.

O período correto é de 6 a 10 dias após o 1º dia de sua menstruação. Por exemplo: se você começou a menstruar dia 10, é entre os dias 16 e 20 que ele deve ser feito.

A mulher que não menstrua mais deve escolher um dia no mês para realizá-lo, por exemplo todo dia 10.

Converse sempre com seus familiares e amigos sobre este seu correto hábito. Isso pode motivar outras mulheres a valorizarem o maior bem que possuímos: a SAÚDE.

Estaremos sempre torcendo por você.
Um forte abraço, fique com Deus.
Equipe do Site: www.cancerdemama.com.br

Lembre-se de SEMPRE fazer o auto-exame das mamas.
Divulgue a Campanha da Mamografia Digital Gratuita.
Assista o Programa de Tv Via Internet: Um TOQUE Pela Vida.
"

Um beijo!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Anotações


Eu gostaria de começar de muitas maneiras... mas nenhuma delas me fala mais alto do que a forma que vem do coração. Sem palavras medidas, sem modalização, sem moralidade, sem receio de dizer a verdade que sinto, a verdade que enxergo.

A primeira coisa que eu gostaria de dizer, abertamente e sem nenhuma vergonha de fazê-lo, é que eu não entendo as razões das minhas emoções e nem o critério que o meu coração se utiliza para escolher alguém para gostar. Nunca sei se são os defeitos, as qualidades, as semelhanças que temos em comum ou o que nos é diferente ou simplesmente se é uma boa conversa o que me encanta. Simplesmente quando menos percebo, já é hora de se gostar. Não há mal nisso. Nenhum.

Outra característica que percebo é que o amor age inversamente comigo. Estou sempre condenada a ficar mortalmente apaixonada por aqueles que amam demais as suas anteriores companhias, homens marcados por suas histórias de amor inesquecíveis e que terrivelmente tiveram seu fim marcado pela traíção ou pela troca. Gatos escaldados, como diriam, e que congelam seus corações para um novo amor. Não sei se é a fragilidade desse homem que talvez me atraia e me faça querer colocá-lo no colo e cuidar dele.

O fato é que estar apaixonada me deixa a pessoa mais complexa do mundo! Meus pensamentos têm vida própria e só estampam o que bem entendem, não sei que palavras devo usar e nem achar graça nos meus programas cotidianos. O foco que enxergo o mundo se reduz, como se só fosse possível no mundo existir somente eu e o sentimento que sinto, e claro, aquele que rejeita ou não corresponde ao meu amor.

Eu gostaria de não ser ou soar como ingênua que sou no campo sentimental, mas infelizmente eu não sei como falar de amor, sem ser piegas. Sem sofrer com cada pensamento remoído, cada impressão confirmada nas ações do cotidiano. Sem me considerar uma idiota por acreditar no que se sente.

Eis apenas mais um escrito de gaveta...


Amanhã será um dia importante para mim.
Torçam por mim rs. Conhecerei meus novos "anjinhos". Hoje só conheci a nova escola.

Inté!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Restou apenas o poema


Qualquer beleza cessa
Qualquer palavra cala

Qualquer voz emudece

Eis meu coração na bandeja

Entregue independente de vontade

Feliz, de sorriso sincero

Sem medo ou descrença

Caio como num vôo livre

Sem apegos do cotidiano

Sem questionamentos de razão latente


Quando? Onde? Porquê?

Não importa

Desde o instante que meus olhos
se viram nos seus
As interrogações perderam sua razão


Ponderar?...se é tão urgente
Esconder?...sendo tão transparente

Qualquer música tem sua voz

E em cada nuvem que piso
Me elevo mais em cada sorriso
Me desculpem outras paixões

Pois a minha não é feia nem triste
Não pede licença,

simplesmente existe.


(Qualquer beleza cessa - outubro de 2007)

Escrevi esse poema quando estava no auge de uma paixão (que talvez ainda não tenha passado)...

Talvez, ela não tenha valido uma vírgula da minha poesia.
Não que eu seja uma boa poetiza... mas quem é insensível não é digno de nenhum poema, seja bom ou ruim.


A imagem de hoje conseguiu terminar de desmoronar meu coração e minhas palavras como a um castelo de cartas...


Odiei-me por te oferecer palavras tão sinceras... foram como
"pérolas aos porcos".

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Prezados amigos e leitores.

Desculpem-me pelo sumiço de 2 dias... talvez seja preciso alguns outros dias sem meus escritos... Estou em mais um período de transição, mudanças. Só para vocês terem uma idéia a partir de amanhã, terei duas turminhas para lecionar e cuidar... Irei conhecer a nova escola e saber mais sobre a nova turminha que vou acompanhar.

Por um lado isso foi muito bom pois acabou me dando um "gás", já que estava meio down. Não se trata de despedidas e sim uma explicação para caso eu passe por alguns dias em branco por aqui... farei de tudo para estar aqui diariamente rs.

Um beijo!
Obs: obrigada por todos os recadinhos carinhosos de sempre.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Palavras


As palavras voam
De nossas bocas
Umas ferem o coração
Outras transmitem emoção

Abusadas,
Belas,
Engraçadas,
Ousadas...
Mas... palavras.

Cada palavra
Tem seu preço
Há palavras de risadas
Há palavras de desprezo.

(Palavras e palavras, em Poesia na Escola, 1995)

O poema acima foi escrito por mim, quando eu tinha doze anos. É meio bobinho (tem que ser levado em consideração o fato de eu ser uma criança praticamente na época rs), com rimas pobrezinhas. Mas é um dos meus favoritos dessa época e tem tudo a ver com o que quero conversar hoje aqui.

A palavra é mesmo fonte de mal-entendidos como nos diz Antoine de Saint-Exupéry... Tanta coisa acontece porque elas muitas vezes ganham significados diferentes da intenção daquele que as diz. Não estou aqui para defender a época do cinema mudo...rs. Mas coisa que eu ainda não consigo entender é esse jogo, essa conexão que não consegue se manter entre o que realmente queremos e o que dizemos.

Se você tem sede, você diz "Tenho sede." e bebe sua água. Pronto. No cotidiano, as pessoas não agem assim quando se trata do abstrato: sentimentos, desejos, opiniões. Sempre dizem uma coisa querendo dizer outra. Tudo bem, eu também faço isso de vez em quando e o mais bacana é a pessoa (que te conhece, é claro) entender o contrato e por fim, o real significado. Entretanto, passar a vida só agindo dessa forma é enlouquecedor. Pelo menos para quem convive com alguém que só diz as coisas assim.

É tanto medo de exposição dos próprios sentimentos que o excesso desse comportamento pode abalar certas relações,
seja de amizade ou de amor.
Se alguém ama o outro, que diga! Se alguém quer ficar com um outro, que diga também! Se não quer ficar longe, peça pra ficar! Mas diga com todas as letras e fonemas que precisar usar e não apenas "queira dizer".

Pode parecer clichê, mas todas as vezes que deixei de dizer algo que queria ter dito claramente e não falei ou "quis dizer" (não propriamente disse) foram momentos em que deixei de alguma forma de estar feliz, de me sentir bem.
Poderiam ter sido momentos importantes na hora de uma decisão , de uma partida, de uma reflexão... e não foram.

Simplemente por medo. Medo de se mostrar sensível, medo do mundo te engolir com todo seu tato, medo de ridicularização, medo de abandono, medo de reprovação ou ainda de ser rejeitado.


A vida é para ser sentida mesmo: seja um grande sentimento de felicidade ou de tristeza... Se você sente quer dizer que você vive. Então, por que medo de sentir - se essa é uma das características de estarmos vivos (se não for a principal...)?

Tente: não modalizar, deixar cair a máscara de "durão", ser mais humano e fiel nas suas palavras. Se não resolver os problemas, com certeza irá melhorar e muito as suas relações.


Comece hoje, pois amanhã já pode ser tarde para ser feliz.

Inté!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Identidade


Nessa semana fui buscar a segunda via da minha identidade... segunda via é maneira de falar né, porque na verdade é a terceira identidade que eu tiro.

A primeira vez que fui tirar o documento, eu tinha quinze anos.
Como eu estava me preparando para fazer a prova para uma escola estadual de segundo grau (agora é Ensino Médio) do meu bairro, corria um boato que eu tinha que ter a identidade para fazer a prova. Tinha um amigo da família, o Zé que sempre fazia minhas vontades... um amor. Me chamava de "fia" e nessa situação se ofereceu pra me levar pra fazer o documento. Foi também o nosso último passeio juntos, pois um mês depois desse episódio - ele teve um aneurisma e faleceu. Foi bem triste, logo ele que era tão animado.

Isso em 1996, lembro que tinha que pagar 50$ pro despachante para não precisar enfrentar aquela fila toda... E a identidade eu trouxe no mesmo dia, na mesma hora... Cheguei na loja da minha mãe toda contente, já me sentindo adulta só por causa do documento... eu ainda usava meus cachinhos dourados... Acabou que para a prova mesmo nem exigiram nada, mas valeu porque eu ia precisar tirar mesmo...rs. Ainda guardo essa "primeira" como recordação na minha gaveta.

Na minha primeira identidade a foto era colada mesmo no documento e eles escreviam IFP (Instituto Félix Pacheco) pontilhado, entre a foto e o papel... Com o tempo, ela foi ficando um trapo e eu ainda caí na asneira de plastificá-la...e como a plastificação era ruim, ficou pior ainda e já não era aceita em muitos lugares...sem falar da cara de criança que eu estava na foto... decidi tirar uma segunda via.

Na época, eu tinha um namorado que também queria tirar o documento, então era mais um incentivo... Nós dois estávamos de férias, tiramos as fotos, pagamos a taxa no banco e correu tudo bem. Nesse documento a foto já era digital e acabei incluindo o número do meu CPF. Isso foi em 2005 e eu já estava na versão "progressivada" e ruiva rsrsrs.

No meio de 2007, minha identidade sumiu, evaporou, nem sei onde perdi... Passei a andar com a carteira de trabalho na bolsa...Maior micão apresentar aquela identificação daquele tamanho todo, mas não tinha jeito... Ainda mais que havia me inscrito em um monte de concurso... E fiquei 6 meses nessa vida, ninguém merece - eu pensava rs.

Agora nas minha últimas férias (janeiro/2008) tomei vergonha e resolvi tirar a minha terceira via... e dessa vez incluí o PIS também...agora ela está tinindo de nova e com dados todos completos rs. Mas a foto...vou te contar, hein... Tá parecendo que estou com uma máscara, de tão clara que ficou a foto quando a escanearam. Mas tudo bem. Importa que voltei a ser uma pessoa identificável... até perdê-la novamente. Aff....

Beijossss!


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Sonhos Vermelhos


"Andava por uma trilha onde havia sonhos vermelhos enganchados nos galhos da mata, talvez deixados por alguma moça que por ali passara ao retornar da passagem incrustada na pedra, passagem essa que levava para o além-não-há-mundo.

Fingia tocar silhuetas de prata, achar-se mais valiosa ao surdo toque na imagem de Dor pintada pela luz, filtrada pelos estilhaços de sonhos vermelhos, ficando a luz também vermelha e cega (ou preta).

...os pássaros cantavam uma canção de noite!

Os sonhos deviam ter luz própria.

Ou alguém tinha olhos de coruja.

Ou ouvidos de morcego para ouvir tanto ao ponto de ouvir um sonho que nem foi contado; um sonho vermelho, não filho da cor, o destino a guiar-lhe, e o horizonte nem aí para o destino!... O horizonte não liga para o futuro, mas o futuro liga para as horas de ontem, filho de ontem que ele é. É? Deve ser. Pelo menos, disseram que era por volta da meia-noite que foi vista uma moça de óculos de grau alto, tocando nas copas das árvores para ver se alcançava aqueles sonhos, encardidos, mais para laranja...

Dizem ainda que ela cortou os pulsos para retocar a cor dos sonhos, morreu branca, sem um pingo de realidade, pelo menos dessa realidadezinha dessa cidadezinha. “Coitada!”, disse a velha. “Que porra é isso?!”, disse o jovem ignorante; mas nem todo jovem é ignorante mas nem todo mundo sabe disso, principalmente os pais que ficam trepando enquanto a filha sai para trepar na festa da amiga. Olhe que ela era adolescente!

Bem diferente da moça da trilha de sonhos vermelhos; essa sim valia a pena dar um salto num abismo só para trazer prazer para ela ao ver meu corpo se espatifar em lugar nenhum à sua vista, pelo menos. Por isso e outros ela era feliz! Eu também era feliz, porém, não vem ao caso nem ao acaso, quer dizer. Ela era feliz. Porém: virou pó. Rendeu mais que aquela que foi para a casa da amiguinha... a amiguinha era lésbica e a amava! A amiguinha sumiu faz três dias disseram faz três meses dirão faz três anos apenas para dar ibope.

A moça do sonho da trilha vermelha faz o mesmo tempo o seu sumiço. Então, a amiguinha é a moça; e os sonhos vermelhos, pedaços da filha. A amiguinha de uma faca de ciúme a matara. E ciúme tem dessas coisas. O amor é lindo e produz horrores de ódio. O ódio é grotesco e mora numa caverna como aqueles morcegos ouvidores de cores.

Desde quando morcegos ouvem cores? Não sei. Só sei que é interessante para o estilo desse alguma coisa conto policial alguma coisa conto prosa poética um pouco de linguagem arrevesada para se satisfazer ao gosto esteta, tão gramático, tão furibundo com absurdos literários sentadinhos em suas poltronas cor bege dizendo que o mundo está uma porcaria sem nada fazer."

(Wanilson Pereira)


Eis uma "prosa poética" como ele, Wanilson Pereira, gosta de chamar as prosas que escreve. É um menino de coração latente de emoções, palavras bem colocadas, tem a poesia exalada pelos poros. Meu grande companheiro nas madrugadas de insônia pelo msn. Figura notável no último Enel (2007) em Curitiba, onde nos conhecemos. Não é à toa sua predileção por Nietzsche: suas palavras, assim como as de Zaratustra, não são para quaisquer ouvidos....

Divido com vocês um desses textos maravilhosos que ele escreve.

Um beijo!





terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

História surrealista, entretanto real... Frida Kahlo.


"Eu ando pelo mundo prestando atenção
Em cores que eu não sei o nome

Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo, cores
Passeio pelo escuro
Eu presto muita atenção no que meu irmão ouve

E como uma segunda pele, um calo, uma casca,
Uma cápsula protetora
Eu quero chegar antes

Pra sinalizar o estar de cada coisa
Filtrar seus graus
Eu ando pelo mundo divertindo gente
Chorando ao telefone

E vendo doer a fome nos meninos que têm fome"

(Adriana Calcanhoto - Esquadros)

A primeira vez em que ouvi falar de Frida Kahlo foi na música de Adriana Calcanhoto... depois pude ver alguns auto-retratos dela... sempre com as sombracelhas bem marcadas.

Na madrugada de domingo para segunda, pude asssitir o filme (que tem a direção de Julie Taymor - 2002) e leva seu nome: Frida. A atriz que interpreta a pintora mexicana é Salma Hayek.

O filme contra a trajetória de Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, ou como é mais conhecida, Frida Kahlo.

(Pedirei auxílio ao site Omelete - http://www.omelete.com.br/cine/100001219/_i_Frida__i_.aspx - para melhor contar a história do filme)

"Existem personagens que, de tão fortes e complexos, são garantia de uma boa história - mesmo que esta não seja lá muito bem contada. É o caso de Frida Kahlo (1907-1954), pintora mexicana que é considerada a primeira artista surrealista da América Latina.

O filme de Julie Taymor, Frida (2002), é seguramente uma dessas histórias que podem ser contadas sem muita profundidade ou compromisso com a verdade e que, ainda assim, dão um bom resultado final. É certo que não consegue escapar de alguns clichês - como a cena em que a mocinha corta os cabelos para simbolizar uma nova fase em sua vida - o que não chega a desmerecer o conjunto.

Frida é uma mulher de encantos atemporais. Os traços heróicos encontrados no filme são mais obra de sua diretora e de Salma Hayek (que além de intérprete é produtora) do que da biografia da pintora. Em alguns trechos, uma tentativa de mitificação da personagem fica evidente - o que pode ser justificado em parte pela admiração de Salma (nascida no México e fã declarada de Frida) e em parte pelo martírio vivido pela artista.

A dor e a tragédia perseguiram-na por toda a vida: na infância, a poliomelite lhe deixou uma das pernas mais curta; na adolescência, um acidente com o bonde que a trazia de volta da escola rendeu fraturas na bacia, meses prostrada na cama e uma série de cirurgias ortopédicas mal sucedidas. A vida adulta lhe reservaria outras desgraças, mas ela não se deixaria abater.

Comunista, bissexual, beberrona. Ousada e talentosíssima, esta filha de um imigrante alemão com uma mexicana católica e tradicional decidiu transpor toda e qualquer barreira que a ela se apresentasse. E ainda encontrou tempo para ser uma mulher como tantas outras e ir ao mercado, cozinhar para o marido, cuidar dos sobrinhos...

Foi casada com Diego Rivera (1886-1957), um dos mais importantes artistas mexicanos, ícone do movimento muralista. Era da geração de artistas funcionários do governo mexicano, que patrocinava expressões engajadas de arte, empenhadas em retratar o cotidiano da classe trabalhadora. Tal movimento chamou a atenção do resto do mundo e garantiu a Rivera uma sólida carreira internacional. É a ele que Frida deve a projeção que sua obra teve no exterior, além de uma extensa rede de contatos que eventualmente se convertiam em casos extraconjugais - dos quais, Rockefeller e Trotski são os mais famosos.

A importância de Frida em relação ao marido (vivido por Alfred Molina, em excelente atuação) é fonte de controvérsias. Alguns críticos de arte acusam o filme de distorcer a realidade, projetando a artista muito acima de Rivera. Se existe de fato alguma distorção, é relativa, já que ele não é o foco do filme.

O que importa mesmo é que a evolução da obra da pintora é registrada com precisão, sempre integrada ao desenvolvimento da história. Sem didatismos e com uma montagem deliciosamente inovadora, Julie Taymor ressalta o caráter autobiográfico, quase ególatra dos retratos surrealistas de Frida.

O toque de Hollywood pode ser percebido no sensível embelezamento das personagens - Salma não ostenta os vastos bigodes da Frida real e Alfred Molina é um Rivera muitas vezes melhorado - e no irritante sotaque chicano que os atores imprimem ao inglês que falam. Um destaque quase exagerado é dado às cenas em que Frida se relaciona com outras mulheres e em que Salma Hayek ostenta pouquíssima (e às vezes nenhuma) roupa. O que, com um corpo daqueles, pode aumentar consideravelmente os índices de bilheteria..."

Para que vocês tirem suas próprias conclusões, coloco abaixo a foto verdadeira de Frida e Diego, as dos personagens do filme e ainda a própria pintura de Frida.

Realidade : Frida e Diego.

O casal na ficção.

O casal num dos auto-retratos de Frida.


Vale a pena conferir o filme, gente.

Inté!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Eu costumava contar estrelas


Eu costumava contar estrelas...
Na ausência de noites estreladas,

relembro os sorrisos que recebia...
Os mais bonitos sempre foram os seus.

Eu costumava tocar músicas
Mas, no silêncio das noites insones,
toco em meu coração e sinto as mesmas vibrações
de quando suas músicas dançavam no meu corpo...

Suas palavras floresciam em mim
como flores em um jardim.

Na ausência delas,
as lembranças regam
novas palavras de saudade

no meu peito, tão cansado de sentir.

(Eu costumava contar estrelas)


Um poema feito na minha última noite de insônia... Ele consegue ser mais corajoso que eu em mostrar (e desabafar) a saudade que me invade. Saudade daquilo que não volta mais, exceto na lembrança.
Talvez, eu devesse aprender...



Um beijo!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Minha louca televisão


Domingo...
Eu nunca gostei de domingos.
São dias sem propósitos, não sei.
Nunca entendi o porquê desse meu desgosto.
Lembro de quando meu aniversário de quinze anos caiu num domingo...eu odiei...rs.

O que acho mais engraçado num domingo aqui na minha casa é a minha televisão.
Não por causa de Faustão, Gugu ou qualquer outra palhaçada que é transmitida aos domingos e sim da televisão por si só.


Ela tem uns dois anos de uso, é de 29 polegadas. Mas parece uma criança arteira de uns 4, 5 anos. Primeiro porque ela tem vontade própria...sim, é isso mesmo que você leu... vontade própria. Um exemplo disso é que ela desliga sozinha a hora que ela quer. Às vezes, você está lá assistindo a melhor cena da novela ou de um filme ou ainda de um telejornal e puff... ela desliga. Aí, com toda paciência do mundo, tenho que pegar o controle e ligá-la novamente. Quando ela está muito de mau humor, ela desliga duas, três vezes seguidas em segundos rs.

Eu adoro assistir tv até dormir. Então, às vezes, eu penso: "ah, nem preciso colocar no timer , ela já vai desligar mesmo..." e quando acordo, ela está lá...ligadona rsrs. Ela tem senso de humor rs. À noite, acho que é o horário preferido dela - porque ela segue pela madrugada e desliga raramente.

Pior é quando me aventuro assistir algum filme no dvd...quando a televisão gosta do filme, passa o tempo inteirinho ligada e happy end. Mas como ela é temperamental, há filmes que ela não curte e desliga a todo momento. Daí pega o controle do dvd pausa o filme, pega o controle da televisão e a liga de novo, pega o controle do dvd de novo e dá play no filme. Pronto, já podemos assistir o filme até a danada da tv desligar novamente rs.

Todo dia um reclama. Tem que levar essa "coisa" pro conserto. Mas passam os dias, as semanas, o mês...e a televeisão continua dando seus pirapaques...rs. Se divertindo às nossas custas, no mínimo...rs.

Esqueci de dizer também dos estalos que ela dá, às vezes levo sustos de tão altos que são eles. Eu sempre costumo dizer: "Não é possível, só pode ter alguém aí dentro da tv!" rs.

Há outras atitudes da televisão que são mais raras, mas que também acontecem... Por exemplo, ela aumenta e diminui o volume - sozinha. Um amigo meu costuma dizer que o dia que a gente finalmente consertar a tv, vamos sentir falta - inclusive ele mesmo.

Boa semana para todos!

Inté!




sábado, 16 de fevereiro de 2008

Mulheres no volante, simmmmm!


Este ano resolvi prometer coisas que eu realmente preciso fazer para facilitar a minha vida. Uma delas é tirar a carteira de motorista. Em um único dia, eu preciso estar em três lugares completamente distantes um do outro: casa, trabalho e faculdade.

Pois bem, ainda nas férias - tomei coragem e cocei o bolso e finalmente entrei na auto escola. Já é a segunda vez que eu entro em uma, da primeira vez - eu só assisti 3 aulas e nunca mais apareci rs.
Entretanto, dessa vez, é diferente. A necessidade está falando mais alto que o medo de dirigir. Só para ter uma idéia - eu não sei nem andar de bicicleta...rs. Nadar, então , nem pensar. Costumo dizer que minha coordenação motora é inexistente kkkkk. Mas topei o desafio para tentar reverter a situação de demorar quase 2 horas dentro do ônibus ou metrô para chegar no meu trabalho. Se esse tempo todo que eu perco com as conduções reduzir pela metade, já me considerarei uma menina mais contente rs.

O mais engraçado foi aparecer, logo depois que me inscrevi, num dos dias da aula para assistí-la. Eu já ia entrando na sala de aula quando fui "barrada". Aí é que veio o esclarecimento: eu só poderia assistir aula depois de passar no exame médico e psicotécnico. Da primeira vez que entrei na auto escola não tinha nada disso, mas o tempo passou e as coisas mudaram um pouco.

Marcaram então a visita no Detran e lá fui eu, toda feliz e contente, crente de que faria os exames. Quando cheguei, era só para coletar as digitais e tirar foto. Voltei meio murcha pra casa. Queria logo começar, para logo pegar no carro também...rs. Ô , ansiedade...

Consegui marcar o exame no final da mesma semana... então, o problema agora era outro: será que vai dar algum problema no exame psicotécnico? Falam tantas coisas... tantos exames diferentes: desenhar uma árvore (não pode esquecer de desenhar o chão da árvore hein rs), fazer uns desenhos com as formas geométricas, responder se num dia chuvoso você deceria o seu taxi para uma idosa com mal estar ou para um bonitão (rsrs essa foi a pior rs), entre milhares de outras coisas que escutei.

Cheguei ao lugar. Depois de 354.258 pessoas terminaram de preencher a sua ficha é que o exame finalmente conseguiu ser iniciado. Ô exame chato esse... tinha que marcar um monte de plaquinha na ordem crescente, depois tinha que responder um livrinho de lógica, tinha um outro que eu tinha que encontrar e marcar três figuras diferentes no meio de um monte de outras semelhantes e por fim fazer um monte de pauzinho do mesmo tamanho e um do lado do outro até a psicóloga dizer pára (isso foi feito unas 5 vezes rs)....ou seja....um porre de chaaaaaaaato. Ninguém merece, nem eu.

No final, passei com média superior em todos os quesitos (quem lê até duvida, mas é verdade rs) e o exame de vista foi super tranquilo também. Já comecei as aulas teóricas - tem aqueles vídeos chatos e um monte de simulado...e também um monte de informação nova sobre coisas que eu nunca soube para que servia. Por exemplo, desde quando eu acharia importante saber que o que liga a caixa de marcha ao diferencial é a embreagem; ou que a gasolina se mistura com ar. Eu acho engraçado e é claro, que eu não vou lembrar disso quano eu estiver dirigindo rs...

Já assisti quatro aulas, mas ainda faltam 11.... aula pra caramba - para só depois fazer a prova teórica e finalmente, se tudo der certo, sentar no carro para aprender de verdade...

Pra fechar...
Acredita que um amigo meu me perguntou:

- O prefeito vai trocar os postes da cidade?

- Não sei... - respondi, ingenuamente.

- Já que você vai tirar a carteira, os postes vão ter que ser de borracha, né? rs


O jeito é esperar, né? rs

Um beijo!



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

De que vale?


Existe uma música da Ana Carolina que o refrão dela não tem saído da minha cabeça...rs

"De que vale seu cabelo liso e as idéias enroladas

Dentro da sua cabeça


De que vale seu cabelo liso e as idéias enroladas
Dentro da sua cabeça

De que vale seu cabelo liso e as idéias enroladas

Dentro da sua cabeça


De que vale seu cabelo liso e as idéias enroladas
Dentro da sua cabeça"

As idéias estão todas muito confusas de uns tempos para cá. Os sentimentos e as sensações também. Parece que estou andando numa montanha-russa de emoções e estado de humor. Há dias e noites em que estou lá no topo, super alto astral - achando graça da vida e brindando até com copo d´água. E há aquelas horas em que fico sozinha comigo mesmo, a chamada reflexão "existencial" e tudo parace um caos.

Existe um exemplar meu, em miniatura, que fica - dentro da minha cabeça - me recriminando das minhas atitudes impulsivas, das minhas palavras sempre tão sinceras, da minha falta de preocupação sobre o que pensam de mim, da minha falta de senso, de critérios... E sei que há um fundo de verdade nesse "puxão de orelha"...

Não são as pessoas que me causam medo, senão eu mesma....rs. Acredite.
Tanto o meu lado inconsequente quanto meu lado consciente pegam muito pesado comigo rs.

E antes que possam dizer que isso é a TPM (Tensão Pré Menstrual), eu lhes respondo: é impossível ficar na TPM 30 dias por mês....rs

Preciso ir. Hoje tem estou de folga "das crianças", mas tenho planejamento escolar pra fazer o resto da tarde.

Inté!

Obs: O nome da música é Implicante, do segundo Cd. Essa parte é o refrão.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Motivo da falta de tempo


Sorry...

São 2:36 da manhã e eu estou entre cartolinas, desenhos, hidrocor - entre outros, preparando o mural da turma...

Nem ontem, nem hoje deu para postar um texto decente... ossos do ofício! Amanhã, talvez, eu consiga acabar...depois mostro o resultado final.

...

Vontade de não ser eu!
Pelo menos não nas próximas 72 horas!

Um beijo e um queijo!
E um monte de bicharada procês rs!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Carta única



Um pequeno cartão azul. Mensagem: "Nós dois..."

Dentro. Mensagem: "...olho no olho, frio na barriga, coração que salta no peito... você me faz estranhamente feliz!"

Num pedaço azul do cartão, o desenho de 2 gatos com cara de babaca, algumas palavras escritas com letrinha bem desenhada (bem parecida com desenho animado rs):

"Nunca vivi uma sensação tão intensa, gostosa e bonita quanto estou vivendo com você. Você é extrema em tudo: extremamente linda, extremamente carinhosa, extremamente fofa, extremamente simpática e tudo mais que possa imaginar que um homem deseja em uma mulher. Desculpe pelas minhas preocupações, mas é que quero preservar estes momentos como estão e nunca quero magoar uma pessoa tão especial como você. Me desculpe ter invadido assim a sua vida. Um beijo daqueles e saiba que te adoro."

Eu entendi: "É estou começando a gostar de você. Pode ser que dê certo."
Lição do episódio: Os fins justificam os meios. Homens falam exatamente aquilo que nós mulheres queremos escutar para conseguirem o que eles querem, no final das contas.

Me dêem um desconto. É só um comentário meio ácido numa noite de insônia.
Inté!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Volta às aulas


Depois de um longo descanso (desde 20 de dezembro estava de férias...), hoje foi a volta às aulas lá na escola onde leciono. Ainda pela manhã, a "ficha não tinha caído" de que eu daria aula hoje... Eu continuo com a turminha que iniciei em Outubro do ano passado, só que agora eles estão na 2ª etapa (que é equivalente à antiga 1ª série do ensino fundamental).

Apesar de todas as dificuldades, consigo achar graça e manter o desejo de lecionar. Quando vejo as carinhas lindas, com aqueles sorrisos de quem está ainda trocando os dentinhos - me sinto responsável por eles, pelas suas vitórias e sobretudo sobre seus fracassos e dificuldades. Mais do que dificuldade de aprendizagem, há dificuldades sócio-econômicas: nem todas as crianças puderam ter um caderno novo ou uma mochila nova. Hoje doeu, como se fosse comigo, escutar um aluno mexer com o outro que estava usando o caderno do ano passado ainda - às vezes, as crianças são maldosas.

Nem todos meus anjinhos apareceram hoje, só 8 deles - sendo que 3 destes são novos alunos. E todos eles são uns fofos: Daniel - tem uma carinha de levado, mas bem participativo; Rodrigo - desde a entrada a mãe já foi me avisando sobre as bagunças que ele costuma fazer, mas se comportou muito bem e finalmente a Dayane - que é uma princesinha linda, com uma letrinha linda e muito carinhosa.

Outra coisa que percebi... como eles crescem rápido rs. As minhas crianças, as que estudaram comigo no ano passado, estão enormes rs. O mais bacana de continuar com eles neste ano é o carinho com que eles me recebem: abraço, beijo, mãozinha no meu cabelo, brigando para segurarem na minha mão rs... É claro que, falando da parte pedagógica, está sendo uma "barra" dar conta do conteúdo do ano passado e deste ano ao mesmo tempo. Sem contar que, nós como professores, chegamos já para dar aula - mesmo antes do planejamento escolar anual ser elaborado, o que só deve acontecer no término deste mês. Serão 3 sextas-feiras para concluí-lo - todos os professores junto com a orientadora pedagógica e direção. Só falta a escola dizer pra gente: "Se vire com seus alunos. Dentro da sala de aula, eles são seus."

Ah, já ia esquecendo... hoje saiu a nota da parte discursiva da prova para o magistério do Rio. Eu fui bem, mas não devo ter ficado entre os melhores. Fiz 41 dos 50 pontos desta prova. Passar, eu sei que passei - mas não devo ser chamada de imediato e eu espero só ser convocada no início do ano que vem. Acho que não estou pronta pra assumir 2 turmas de uma só vez e em lugares completamente diferentes. É....só aguardar cenas dos próximos capítulos...rsrsrs.

Hoje, o telefone não tocou. A minha moral deve estar baixa...rs
Ok. Não dá para ganhar todos os dias, né? rs

Inté!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Carnaval


Entre confetes e serpentinas, nesse carnaval aconteceu cada coisa....rs
Sexta-feira de carnaval na Praça General Osório, durante o bloco "Vem ni mim que sou facinha" (calma, gente...o bloco e não eu...rs) estávamos eu e uma amiga esperando o restante da trupe chegar - quando chega um garoto que não tinha cara de mais de quinze anos:

- Eu escutei alguém dizer que tem uma receita infalível para não ficar de ressaca?

- Sim - respondi

E blá blá blá, blá blá blá wiskas sachê....
Que malinha sem alça, gente. Tentando "tirar onda de gatinho", cigarro no canto da boca - quase se engasgando com a fumaça do mesmo... e ainda me pediu um gole da minha cerveja...mas vejam só rs. Ainda na tentativa de puxar assunto, emendou:

- Quantos anos você tem?

- Criança, quantos anos você tem? 15?

- Não, 17.

- Ah, tá. Só para te situar, eu sou quase 10 anos mais velha que você... tenho 26.

O tempo parou e aquele clima se instalou....kkkkkk Minha amiga não se aguentava tentando não rir. Mas o garoto era brasileiro e não desistia nunca....ainda antes de ir embora, me pediu o número do meu telefone - que é claro que foi dado totalmente errado. Depois, eu não sei se por castigo pela minha maldade com o "ninfeto" (será que existe essa palavra? rs) - acabei sendo furtada num outro bloco em Ipanema mesmo, só que no dia seguinte rs.

Sábado de carnaval. Já cheguei no Centro no finalzinho do bloco Bola Preta, só tinha bêbados e chatos. O lado bom desse dia, foi reencontrar um velha amiga da minha antiga faculdade e minha única parceira nas aventuras do Sujinho lá na Praia Vermelha. Nem imaginávamos que passaríamos o carnaval inteiro juntas rs. Nosso ciclo ficou um pouco diferente do que planejamos: ao invés de praia - blocos de carnavais - Lapa, ficou: blocos de carnavais (pelo menos uns 2, 3 ao dia) - Lapa - Sinuca (rsrsrs). Só choveu...

Ainda no sábado de carnaval. Ninguém merecia, nem eu. Tive meu celular furtado "na mão grande" e nem percebi, só tempos depois. O celular completava um mês exatamente naquele dia. O aparelho em si nem era nada muito caro, mas acabei perdendo o meu "caderninho" de telefones - sabe como é...rs... aqueles que a gente liga de vez em quando para chamar alguém para um cineminha...essas coisas...rs. Enfim, também descobri neste carnaval que talvez não precise mais de caderninhos como este.... mas por enquanto não esse não é o tema do meu post rs.

Os acessórios roubaram a cena neste carnaval... a minha inseparável bolsa térmica (comprava cerveja no mercado e conseguia ganhar o gelo com os caminhões de gelo espalhados no meio dos blocos); fantasias: Minnie, Noiva, máscara vermelha, cartola amarela, gravata azul, a capa da chapeuzinho vermelho (ih, um monte! rs); a "cartucheira" (é um cinto largo que tem alguns bolsos e que nada lembra a pochete - pelo amor de Deus rs); o blush que não podia faltar na maquiagem rs; o tamborim da minha amiga Pam (passou na mão de todo mundo rs - gente, é o tamborim e não minha amiga, hein rs - fique claro). Só coisinhas básicas.

Juro que tentei fazer um intensivo para tentar passar menos vergonha na sinuca. Mas só tentei. E tentei quase todas as madrugadas de carnaval. Assim como aprender tocar tamborim... até o próximo carnaval, eu aprimoro essas duas práticas. Ninguém aguentava mais nenhuma de nós tentando tirar algum ritmo deste instrumento rs.

Surpresas muito boas: bloco Cacique de Ramos na Rio Branco por duas noites (tuuuuudo de bom), consegui juntar amigos de tudo quanto é lugar (do meu bairro, da Unirio, da Uerj, do Clac, amigos dos meus amigos), fumar charuto (kkkk)...e as marchinhas que não saem da cabeça.... "Nesse carnaval não quero mais sabeeeeeeeeeeer de brigar com você...mas nesse,
nesse carnaval não quero mais saber de brigar com você. Vamos brincar juntinhos...água na boca pra quem ficar sozinho! Nossas brigas não podem continuar, porque nosso amor não pode se acabar....Lá lá lá lá lá hei! Lá lá lá lá lá lá lá!"

Depois dessa maratona toda, ainda consegui um tempinho para desfilar na última hora na Sapucaí...
Ok. Ok. Não foi em nenhuma escola de samba do grupo especial e eu nem sei sambar rs, foi num escola de samba do acesso B....kkkk...chamada Unidos de Jacarepaguá - em plena terça à noite de carnaval. De graça e de escrava....rsrsrsrs. Idealiza: uma escrava ruiva... mas tinha figura mais contrastante que eu.... era um norueguês loiríssimo, branco toda vida e de olhos azuis que também estava de escravo (e estava com uma das minhas amigas rs). Ele foi a sensação do desfile: desde as "bibas" da ala atrás de nós (que eram os piratas) que queriam a todo custo "ajeitar" sua fantasia até as meninas histéricas da arquibancada da Sapucaí.

Para fechar, na quinta fui à Roda Skol (mesmo com medo de altura, foi tuuuuuudo de bom rs) e domingo no Monobloco em Copacabana (mas tava um inferno de tão cheio de gente e o som do trio estava muito baixo, tinha que ficar bem pertinho para escutar).

Há outras passagens, com certeza. Se eu lembrar, escrevo para vocês rirem um pouco. Muita informação em um curtíssimo intervalo de tempo. Mas se eu pudesse resumir esse carnaval em uma frase seria : Cansativo, mas perfeito!

Um beijo!
Inté!


sábado, 9 de fevereiro de 2008

Presentes!












Nem pude contar ainda sobre a maratona do carnaval...

Mas é impossível não repartir a alegria que eu senti quando recebi de presente estes dois selinhos da minha amiga Fada. Não são fofos? E não é que eu ainda consigo ter algum público fiel destas linhas tortas? rs Um tipo de mimo que eu nunca pensei que fosse ganhar nessa nossa blogsfera... Nossa BlogCéia Desvairada tem um pouco mais de 2 meses apenas. Juro que tentarei ser merecedora das palavras carinhosas e dos incentivos. Esses selos são para vocês que me acompanham e interagem comigo através de seus comentários (que estão aumentando a cada dia).

Você acabou de fazer uma criança feliz, viu, Tata? rs =)

Outro fato muuuuuito importante. A brincadeira não acaba por aqui. Eu recebo, mas também repasso esses presentinhos aos blogs maravilhosos que tenho a oportunidade de ler sempre que posso e que estão sempre por aqui prestigiando a nossa modesta BlogCéia.

Que rufem os tambores..... Pa-ra-ra tibum-bum, pa-ra-ra tibum-bum, pa-ra-ra tibum-bum!
São blogs que sempre dão vontade de ler e reler sempre:

The Bernini - http://thebernini.blogspot.com/
Texto simples, leve, gostoso. Nos leva a refletir sobre questões aparentemente comuns. Sensibilidade pura. Eu adoro!

Sem Gorduras Trans - http://semgordurastrans.blogspot.com/
Nossa amiga Deka escreve um delicioso blog. Gostoso de ler, de escutar. Aquele que é capaz de alimentar com sua música (adoro as canções) e sua palavras sempre tão otimistas.

Homem é tudo palhaço - http://tudopalhaco.blogspot.com/
São quatro mulheres donas de um circo sensacional. Ler o que escrevem satisfaz o ego de qualquer mulher, elas falam exatamente o que gostaríamos de dizer sobre alguns palhaços, melhor dizendo, sobre alguns homens. Vale a pena conferir!

Poeses, coisa e tal - http://www.poeses.blogspot.com/
Lalo escreve poesias incríveis. Impossível não se emocionar.


É isso aí!
Um beijo e um queijo! =)




sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Meme interessante

Minha amiga Talita, mais conhecida aqui na blogsfera como Fada (http://fadamutante.blogspot.com), indicou um Meme interessante (eu nem imaginava o que seria um meme rs):

Dizer 5 coisas sobre mim que poucas pessoas sabem....


Complicado, não? rs Aliás, quase a totalidade dos leitores (se é que eles existem...rs) pouco sabem sobre a minha pessoa. Sabem um pouquinho do que penso, mas... enfim, aceitei o desafio para tentar reverter esse quadro.

A primeira delas.... é que eu era loirinha, de cachinhos, quando era criança. Filha de uma brasileira morena com um argentino branquelo rs... Como papai era bem mais velho que mamãe (32 anos de diferença....eita! rs), quando me viam no colo de meu pai - pensavam que ele era meu avô e isso o deixava bem bravo (sem trocadilhos com o meu sobrenome, por favor...) e quando me viam no colo de minha mãe, pensavam que ela era minha babá (vejam só que preconceito... absurdo, né?). Segue abaixo uma foto pra comprovar.




A segunda... é que eu não como carne vermelha e nem frango. Só peixes e frutos do mar, além dos derivados de carnes normais: patês, salsichas, presunto, etc. Antes que pensem que sou vegetariana, eu vos digo: eu sou vegetarista! rs Entenda: vegetariano é diferente de vegetarista. Enquanto vegetariano é radical e não come nada que é de origem animal, o vegetarista só não come algumas coisas de origem animal (eu li isso na comunidade do orkut Vegetarianos - há boas discussões lá). Há quem diga que sou fresca e há quem diga que faço bem em ser assim...o fato é que não sou vegetarista por questões políticas (ou que vão matar os bichinhos, ou que eu não como um ser vivo como eu - como muitos pregam...) - é questão de gosto, de paladar. Não curto o sabor de carne e muito menos o de frango
- frango então, eu não suporto nem o cheiro, me dá náuseas.

A terceira... eu já gravei um comercial do meu antigo trabalho. Comercial da Rede Manaus de Pneus, bem curtinho de 30 segundos, em que eu aparecia no call center atendendo ligações com mais duas amigas enquanto o narrador falava sobre as lojas e passava no intervalo do programa Carga Pesada na Globo, isso por volta de 2004. Pena que eu nem imagino onde está gravado esse comercial para postar aqui pra vocês rirem um pouquinho.

A quarta... apesar de ser formada em Pedagogia e estar cursando a minha segunda graduação em Letras e atuar única e exclusivamente na área da Educação... eu sou formada em Técnico em Patologia Clínica e fiz estágio por oito meses num hospital público, colhendo sangue, mexendo em urina e fezes (eca! argh....). Acreditem!

A quinta e última... tenho pânico de aranhas....
Me dá medo, acho nojento, aquele monte de perninhas horrorosas...sei lá. Se vejo alguma perdida pela casa, eu saio correndo - como se fosse de um grande monstro. Parece engraçado, mas não é. Pelo menos pra mim, né? rs

Bom, por hoje é isso...
Inté!


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

"Ser ou não ser? Eis a questão..."


Já pensou em um dia ter a oportunidade de conhecer a você mesmo, sem sê-lo? rs

Pode parecer estranho... mas assim como nós mesmos temos impressões a respeito do outro, é importante tentar formar as interpretações que teríamos de nós mesmos. Se conhecêssemos a nós mesmos, será que gostaríamos de nossa própria companhia?

Ok. O papo parece que está sem pé nem cabeça, mas esse pensamento me veio à cabeça devido alguns comentários que escuto dos meus amigos. Como é de conhecimento de todos, os amigos sempre tentam nos colocar "pra cima" quando estamos tão "pra baixo". Eu terminei recentemente um relacionamento (aliás, fui terminada - se isso existe, né? rs) e como era de se esperar, fiquei bem triste. É aí que entra a parte dos comentários dos amigos.


Ah, agora que acabou eu posso dizer... Você era "muita areia" pro "caminhãozinho" dele...
Como pode ficar triste? Ainda mais você... - tão assim, tão assada....blá blá blá blá...

A gente sempre tem algo de desagradável. Claro. Não vamos ser hipócritas, sei bem os meus defeitos. A princípio, se eu fosse uma outra mulher que eu estivesse conhecendo - pensaria que eu posso ser uma boa amiga em potencial. Um pouco faladeira, é bem verdade. Com uma vidinha bem regradinha, pelo menos aparentemente - do tipo CDF (cabeça de ferro rs). Vale dizer que eu, de posse da minha própria identidade, garanto que não sou tão certinha assim: não respeito muito horários, datas, protocolos, falo demais sem pensar... e dona Márcia (minha mãe) é que sabe das minhas boas farras (e admito, sem aviso rs).

Se eu estivesse recebendo a mim mesma como nova colega de trabalho, talvez tivesse as mesmas opiniões daqueles que já trabalharam comigo em alguns lugares por onde passei - tirando a parte das drogas (eu nunca gostei. Só meu velho cigarro - entenda nicotina - e nem tanto assim..). Uns achavam que eu não queria nada com nada, que devia curtir uma erva, uma "balinha", que eu devia chegar sempre atrasada no trabalho e devia ser muito desorganizada. Estudos, então, nem pensar. - E acreditem, todas essas impressões vinham única e exclusivamente por eu usar o meu cabelo super vermelho rs. Fazer o quê?...são as pedras deste caminho que eu escolhi...

Daí passava um tempo de trabalho e... as pessoas vinham se desculpar por terem um expectativa totalmente errada (ou parcialmente...) a meu respeito... Eu sempre achei bom isso, porque eu sempre superava o que os outros esperavam...nunca tiveram o que reclamar do meu trabalho, disso - eu posso me gabar.


Agora...se eu fosse um homem... a princípio, ao me conhecer ficaria surpreso de comprovar que é possível haver uma garota sem frescuras,
que curte assistir futebol e arrota tal como um menininho... iria gostar muito se ela pudesse ser minha amiga. Mas não sei se me sentiria atraído por beleza física, no máximo pela minha maneira articulada e extrovertida de tratar as pessoas e fazer amizades rapidamente...Embora, eu saiba que os padrões masculinos sejam outros para medir atração ou saber se alguém é interessante ou não...

Acho que no final das contas, eu me encaixaria na média... ou seja, uma pessoa agradável de conviver e com muitas idéias na caixola. Capaz de tirar a roupa do corpo por um amigo, recente ou antigo, mas - com uma incrível tendência a guardar mágoas e a agir de forma vingativa (quando tenho oportunidade...ainda estou trabalhando isso - mas é a pura verdade).

Eu nunca espero agradar a ninguém. Ajo da maneira que acho mais honesta, comigo e sobretudo com os que me cercam. Nem pior, nem melhor - apenas eu mesma.

Inté!
=)