quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Sonata ao Luar, de Beethoven



Acordo. Não há ninguém em casa. Nenhuma presença para que pudesse dar o meu "bom dia". Nenhuma música. Eu e somente eu, sozinhas, na solidão de meu lar. Um lado de mim está bem, com a mesma felicidade e alegria cotidianos, o outro lado porém... inquieto, procura um lugar dentro ou fora (de mim ou do mundo) onde consiga se acalmar.

As horas passam. Os minutos também. Percebo que já estamos no nono dia de um novo ano. Entretanto as minhas inquietações não findaram juntamente com o ano que passou. A minha angústia oscila e os pensamentos alternam entre a razão e o coração.

Há anos atrás, eu procurava querer muito algo ou alguma coisa, coisa qualquer - pelo simples prazer de desejar de verdade. Desejar com todo querer que pudesse ser sentido. Hoje , quero e quero muito algo, tão abstrato e tão irreal, que chego a rir de mim mesma por desejo tão infeliz por mim desejado. Se eu pudesse encontrar a fada madrinha que atendeu meu pedido, eu imploraria para que o desfizesse rs. Se já sabia que um pedido desses não daria muito certo, por que me deu ouvidos? rs

O fato é que sempre acreditei que para se alcançar a felicidade, era preciso uma espécie de receitinha, como a de bolo. Alguns ingredientes, mexer bem, tornar homogênea a mistura, aquecer... e pronto! Lá estaria uma felicidade quentinha saindo do forno... Ao longo dos anos, juntei todos os ingredientes para fazer um bolo bem delicioso... mas ele, esse bolo chamado felicidade não saiu... e só então pude perceber que não há receita ou medida certa para seu alcance. A felicidade parece estar sempre conjugada no verbo passado... é difícil agarrá-la e reconhecê-la no presente.

Vejo as mãos delicadas tocarem o piano... e por um instante sinto inveja dele. Quantas vezes essas mesmas mãos tocaram em mim, me fazendo escutar as mais belas canções dos querubins?

O pensamento em você é insistente, eu sei. Mas já passa.

Girassóis para quem ler! Beijoooooo


Para fechar, um pequeno texto de Charles Chaplin, chamado VIDA:

"Já perdoei erros quase imperdoaveis, tentei substituir pessoas insubistituiveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém.
Já abracei para proteger, já dei risadas quando não podia. Já fiz amigos eternos. Já amei e fui amado, mas também fui rejeitado. Já fui amado e não soube amar. Já gritei e pulei de tanta felicidade, Já vivi de amor e fiz juras eternas, "mas quebrei a cara" muitas vezes!
Já chorei ouvindo músicas e vendo fotos. Já liguei só para escutar uma voz. Já me apaixonei por um sorriso. Já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém (e acabei perdendo). Mas sobrevivi!!! E ainda vivo. Não passo pela vida e você não deveria passar. VIVA!!!
Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante."


Ps: o título do post serve como música de fundo para a leitura do mesmo...rs... assim como serviu para escrevê-lo.



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