sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

"Quando o segundo Sol chegar..."


Outro dia, estava admirando o pôr do Sol lá em Ipanema e resolvi tirar algumas fotos, pois o cenário estava divino. Mais tarde, quando descarreguei as fotos no computador, percebi que a foto mais bonita do pôr do Sol não era aquela em que consegui que ele aparecesse sozinho e sim uma outra foto em havia duas cadeiras de praia com o guarda sol - contribuindo com aquele entardecer (bem no meio).

Aquelas pessoas talvez nunca saberão que deram sua contribuição para aquela bela fotografia. E também talvez nunca a veja. Trazendo isso para a filosofia de nossa vida cotidiana, situação semelhante nos ocorre. Algumas pessoas que passaram em nossas vidas (ou continuam em nosso convívio) conseguem fazer de um momento simples - um episódio muito especial, uma lembrança bonita que guardamos em nossa memória com carinho, sem ao menos perceberem a importância que tiveram (ou têm). E como muitas estradas, a vida também apresenta duas vias e o mesmo nos ocorre em relação aos demais. Já parou para pensar quantas vezes você foi importante para alguém? De quantos momentos especiais fomos atores principais ou codjuvantes indispensáveis para que fossem únicos?


O problema não está na falta de sensibilidade, como diriam alguns - ao responderem essas perguntas, e sim no querer que cada um carrega consigo. Estamos sempre tão imersos em nossos desejos, na ânsia de saciá-los, fugindo das frutrações - que não percebemos algo tão bom quanto o que queremos ou até melhor e nem damos a chance nos saborearmos com um presente inesperado do destino, da vida.

Sabe aquela piada infame e antiga que dizem do homem que está se afogando no meio do oceano e acredita que só Deus pode salvá-lo e por isso dispensa todo e qualquer tipo de auxílio na esperança que o Próprio apareça e o salve do infortúnio rs? E todo aquele desenrolar de que o cara morre e vai tirar satisfação lá no céu com Deus e Ele responde que enviou navio, helicóptero, jatinho e o cara que não quis se salvar...rs.

Somos, no fundo, tão burros e tão enganados quanto o náufrago da piada... Desejamos para nós uma felicidade magna, com direito a anjinhos nos jogando pétalas de flores, rezando tanto para Papai do Céu ou para todos os santos para sermos felizes (em todos os setores da vida, se possível rs)... mas padecemos por materializar nossa felicidade em dois ou três coisas materiais ou pessoas e que muitas das vezes nem seriam nossas melhores opções...

O mundo é vasto e permanecemos nós com nossos desejos mesquinhos, dignos daqueles que não querem enxergar o mar infinito de possibilidades, maneiras mil de encontrar a tão desejada felicidade.

É hora de olharmos para o lado. De nos permitirmos.

Kisses!

5 comentários:

Unknown disse...

Somos uma mortal, comum e insignificante partícula nesse mundão de 'meu Deus'!

blog disse...

Quando vc fala que "somos" tão burros...etc, vc inclui o leitor nesse balaio.
Não sei se todos podem situar-se na mesma situação. Generalizações são sempre perigosas, não?

Acredito que, em parte, vc tem razão. A maioria se traveste em egoísmos e individualidades.
Isso é fato. Mas nem todos.

Abraço

Tata - A Moderninha disse...

Olha que coisa boa!!!

Eu sempre gostei de ler esse blog e só agora percebi que é seu Rafa!!!!..rsrs

Bom, nesse momento que me encontro tenho que confessar que suas palavras me deram um choque!!!

Concordo com vc, pensamos demais e não percebemos os pequenos detalhes que fazem a vida ter sentido!!!
A vaidade faz com que sejamos ingratos e fecha os olhos para a porta que se abre bem ao lado daquela que se fecha!!!!

Mil beijokas guria!!!!!!!

Divinius disse...

RESPIRA A LEVEZA QUE VIVE EM TI...
SOLTA TODA A BELEZA DO TEU OLHAR...
SOLTA TODA A BRANCURA DA TUA TERNURA...
SOlTA NA ÁGUA "ETERNA" DO MAR...
Gostei de ler:)

Anônimo disse...

Oi querida, continue escrevendo, sem medo de ser uma mulher transparente, poucos tem coragem de ser, pedras poderão ser atiradas pelos os covardes mesquinhos de vida como sempre. Um beijão!!!!

Binho