quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Mais um pensamento digno de gaveta...


Por mais incorrigível romântica que eu seja (para não dizer piegas rs), ainda é difícil para mim não vivenciar as dores e sentimentalóides do coração nos tempos atuais. Nesses tempos em que tudo é bem prático, semi-pronto, efêmero, banal - o amor também se apresenta nessa nova roupagem. Não há mais amores como antigamente. Eles ficaram com os poetas que morriam de tuberculose, na época das amadas de pele alva como neve, com seus cabelos feito mantos, cobrindo os seios.

Amor feito de entrega, dos atos simples - como olhar, admirar-se... encontrar nos pequenos detalhes a chave para tanto encanto... Eis-me aqui perdida numa época que não é minha, tentando me recompor do que não havia ter sido iniciado. Cada vez mais me torno descrente de que o amor valha alguma coisa, tenha algum valor...É muito bonito vê-lo nos filmes (já rotulados água com açúcar), mas na vida real...já virou algo bem demodê...

Estranho estar tão perto e tão longe ao mesmo tempo. Nesses dias "hi-techs" que vivemos nunca foi tão fácil ficar magoada sem ao menos sair de casa. As boas e más sensações nos chegam através do clique do mouse, das palavras digitadas... O telefone não toca mais, as mensagens não chegam, as aparições reais então...nem pensar. Será que também é possível fazer o pedido de alguém tão tolo quanto eu pela internet para conseguir partilhar minhas angústias e frustrações? rs

Nossas músicas (ou as que eu considerava nossas, né rs) me perseguem tais como fantasmas... me lembrando o quão tola fui. Difícil explicar, mas eu garanto que dói (e de verdade...).

Quando o negro da noite cai, parece que se debruça sobre meu coração também... o lamento ecoa e não parece tão solitário como na verdade o é...se transforma num mar de tristes ais...

Tudo bem, girls and boys. Eis um pequeno flerte com a tristeza. Bem vago. Bem rápido, como um nissin-miojo...em 3 minutos está pronto e acabado.

Meu coração, um dia, entra nesse ritmo também.

Até a próxima.

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