segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Entre vitrolas e máquinas de escrever


Numa dessas conversas gostosas, de depois do almoço, me bateu a nostalgia ao lembrar de velhos hábitos. Lembrei, como se fosse hoje, do dia em que ganhei minha máquina de escrever elétrica. Imagino que os mais novos devem perguntar - Nossa, quantos anos essa garota tem?- garanto que não são muitos rs, mas os suficientes para ter vivido o tempo de transição de algumas coisas - como a do LP para o CD, por exemplo.

Era meu aniversário de 12 anos e eu sempre gostei de escrever. Poesias, estórias, pensamentos. E por mais insignificantes que fossem as coisas que eu escrevia, sonhava com o dia em que poderia saborear o momento de datilografá-las, com aquele letrinha inconfundível de máquina de escrever mesmo. Quando ganhei uma elétrica da minha mãe, nem podia acreditar. Bastava você encostar o dedo nas teclas e já batia as letras bem pretinhas no papel, bem diferente daquela tradiconal, em que se afundava (e com força rs) os dedos nas teclas para sair alguma coisa. É claro que ainda guardo minha máquina de escrever elétrica, na bagunça do meu quarto. Até hoje. E dois anos mais tarde, quando ganhei meu primeiro computador, esse encantamento foi quebrado e substituído pela digitação com direito à memória rs.


E quem não lembra (os mais velhos ou os da minha época rs) dos equívocos que as pessoas faziam quando o CD surgiu no mercado? Acostumados com o LP, sempre tinha um que perguntava: - Dá pra escutar o lado B também? Cabe mais de uma música nesse disquinho tão pequeno? Perguntas que nos soam como piadas nos dias atuais, mas que eram dúvidas de verdade. Quando houve a transição da fita VHS para DVD já foi bem menos confuso, até por conta de todo avanço tecnológico mais acessível a todos - para mim não foi tão marcante quanto à primeira transição LP/CD.

Sem falar daqueles primeiros disquetes, chamados de 1,44, imensos e bem fininhos. Comparados aos disquetes comuns a diferença já é grande (de tudo: tamanho, capacidade, fragilidade). Se formos compará-lo aos CDs e DVDs regraváveis ou não, será um massacre total rsrsrsrsrs. Mas bem que eu tive um drive desse tipo de disquete no meu primeiro computador rs.

Me recordo ainda das fitas cassetes e da maneira que tentávamos gravar uma música do momento sem ter que comprar o LP original, para ficar escutando no
walkman - na escola. Era uma correria dentro de casa quando tocava no rádio as primeiras notas de uma música que queríamos gravar, para dar tempo de apertar o REC. Tinha vezes que o radialista não calava a boca ou ainda soltava o bordão da estação de rádio no meio da música...rsrsrs... que raiva dava! E tinha que esperar a música tocar inteirinha para evitar também a voz do radialista. Ficava sempre a postos no meu som: a fita cassete já no ponto para gravar (deixava o botão do REC e da pausa apertados ao mesmo tempo - e desapertava o de pausa para gravar), papel e caneta também para anotar o nome daquela música que a gente queria tanto saber.

Hoje em dia é totalmente diferente: baixamos todas as músicas que queremos, com seus nomes, letras e clips com apenas alguns cliques no computador. E podemos fazer isso sem ter que parar de fazer nada, enquanto ocupamos nosso tempo com outra coisa. Já virou tarefa secundária rs. A fita cassete já se foi há muito, junto com o nosso estimado
walkman. Já foram devidamente substituídos pelos MP3 (antes ainda, pelo disman), MP4 e assim por diante - tanto para gravar quanto para reproduzir.

Por último, e cada vez mais unânime, são as máquinas fotográficas... é mais difícil encontrar quem ainda usa a sua velha e boa máquina do que aquele que utilize câmeras digitais. O primeiro grande problema era o preço dos filmes, que sempre foram caros... quanto maior o número de poses, mais caro era. Depois, a segunda dificuldade era encontrar que soubesse colocar o filme direito na máquina para não velar ou queimar filme e ainda soubesse também rebubinar o filme e tirá-lo da máquina para não ocorrer o mesmo. Quantas poses em festas e passeios deixaram de ficar registradas por conta disso? rs Mas não nego que era bem gostoso esperar a revelação das fotos, ficar aguardando para ver como ficaram as fotos e ao recebê-las ficar comparando e se surpreendendo com as imagens que conseguíamos capturar de fato. Com as máquinas digitais, muitas pessoas nem se dão mais ao trabalho de revelar as fotos - um termo que na verdade não concordo muito porque todas aquelas imagens já foram reveladas desde a hora que foram registradas, no visor da câmera rs - ficando arquivadas no computador, em CD, em pen drives.

Bom... chega de jogar conversa fora sobre coisas que já caíram em desuso... Até porque o dia em que nós mortais também cairemos em nosso próprio desuso também pode estar próximo....rs.

Inté!

2 comentários:

Tata - A Moderninha disse...

Nosssaaaaaaaa direto do fundo do tempo!!!

Lembre que meu pai odiava quando eu pegava a maquina de escrever dele para escrever as minhas cartinhas de amor anonimas....

E o CD, caraca lembro do meu avô falando q o LP ia acabar com o cd pq era maior e cabia mais musicas..rsrsrs

Tempo atrasado mas q tempo bom né!!!

Beijo grande manceba

Já te linkei ok!!!!!!

Tata - A Moderninha disse...

Ops!!! FUNDO ...escrevi errado.....túnelllllllllll

Túnel do Tempo

Ó kbça a minha!!..rsrsrs