Onde está o abacatinho que estava aqui? Sumiu...rs

Há exatamente uma semana atrás passei por uma cirurgia. Simples e delicada ao mesmo tempo. Tirei um nódulo do seio direito, de 6 cm. Fiquei com medo, é claro – eu nunca tinha feito nenhuma operação. Voltei para casa no dia seguinte e ficarei em repouso absoluto por pelo menos 15 dias.

Durante quatro anos, eu vi um nódulo – descoberto com quase 2 cm – avançar e crescer. Mesmo antes de saber o resultado da primeira biópsia – pude perceber a primeira mensagem que o nódulo trazia: há males que vêm para o bem. E como um castelo de cartas, um relacionamento de praticamente 6 anos voou pelos ares. O elo entre os dois fatos: covardia. Não lamento.

Como não era maligno, operar era uma opção passível de escolha ou não. O tempo passou, outras passagens ruins também. Algumas conquistas. Amores entraram e saíram da minha vida. Um permanece, firme e forte – pra valer. Me incentivou desde sempre a retirar “abacatinho” (como ele mesmo apelidou) – comparando o nódulo ao caroço de abacate. Segunda mensagem: não importa o que aconteça com você, alguém que seja leal nunca sai do seu lado.

Na sexta-feira, ainda no elevador indo para a internação – tinha alguém com um sorriso largo, todo bobo com a leitura de uma simples palavra na minha ficha: estado civil – casada. Já viu algum ser do sexo masculino se gabar de estar casado? Pois é.... o amor tem dessas coisas.

Beijinhos e remedinhos.